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ENTRE O FUGAZ E O INFINITO
Quando lanço um olhar
Para este mundo sem lar,
Penso o quanto tudo se finda e acaba
Como um navio que naufraga.
Lanço o olhar para o homem e sua solidão
No escasso conhecer da salvação
Que brota da nascente do amor
A purificar a alma de paz e esplendor.
Tudo aqui é volátil e fugaz...
A morte rompe os abraços e traz
A saudade do que se foi, sem retornar
A sua presença que partiu sem tardar.
Num mundo finito e sombrio
Quase nada posso esperar de seu brio.
Mas elevar-me-ei, como sonho fecundo,
No infinito mais vasto que o mar profundo.