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OLHAR SOTURNO
Quando lanço o meu olhar
Para este mundo capaz de nos consternar,
Penso o quanto tudo se finda e acaba
Como um navio que naufraga.
Também olho para o homem e sua solidão
No escasso conhecer da salvação
Que brota da nascente do amor
A purificar a alma de paz e esplendor.
Tudo aqui é volátil e fugaz...
A morte rompe os abraços e traz
A saudade do que se foi, sem jamais retornar.
Num mundo finito, tredo e sombrio
Quase nada posso esperar de seu brio
Enquanto lanço um soturno olhar.