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AO MEU ALCANCE
Não posso nesses versos louvar
O amor de pessoas que um dia estimei,
De pessoas que jamais
Irradiaram a sua alegria no meu ser...
Mas, em serenidade e plenitude de alma,
Posso muito bem
Falar do meu amor por certos lugares e cidades
Que fizeram a festa no meu coração
E deram o seu abrigo e aconchego
Como uma mãe que acolhe
O seu filho entre afetos e ternuras.
E, principalmente, sei que eu posso
Testemunhar a fé que aprendi com o sagrado Deus do meu coração
Nos momentos mais propícios à redenção.
Não sei tampouco falar
Dos que na infância considerei
E de ilusórias demonstrações
De sua amizade e afeto.
Mas, com um misto de gratidão e plenitude,
Posso nos meus versos falar entusiasmadamente
Das estradas circundadas
Por paisagens verdejantes;
Dos mares ignotos revisitados
Pela minha memória;
De uns poucos entes queridos (mãe, avós, tios);
E das grandes esperanças de juventude,
Esperanças que até hoje resplandecem
Para continuar vivendo como alguém
A recriar o instante mais sublime e memorável.