https://ale.recantodasletras.com.br/
As malícias na sua busca para se atingir a qualquer custo certos objetivos; e, de modo geral, toda corrupção humana nas suas variedades e versatilidades, se aperfeiçoaram de uma tal maneira que já não podemos afirmar que a maldade tem rosto, perfil ou estilo de se vestir. Muitas vezes, esta pode se esconder em aparências angelicais e de boa conversa, o que torna cada vez mais sutil a diferenciação entre o joio e o trigo. Até mesmo os detectores de mentira se perdem em alguns casos de indivíduos astutos e com ânsia de enganar com toda frieza, beirando o doentio e os extremos do absurdo no coração humano. Há falsos homens de justiça autorizados para aplicar leis aparentemente coerentes, embora cometam seus crimes e atrocidades nas sombras da impunidade que eles mesmos ornamentaram. Por outro lado, existe os verdadeiramente injustiçados: pessoas que infelizmente pagam por aquilo que nunca cometeram. Mas é no coração dos homens de bem, acreditando na ordem divina no seu clamor por justiça e sua soberania, que sua voz já chegou muito tempo aos céus. É claro que vivemos numa época de aperfeiçoamento técnico extraordinário para se detectar os mais diversos tipos de falcatruas e clandestinidades. No entanto, os meios de ludibriar as regras morais da sociedade- uma clara aposta na impunidade- também se aprimoraram assustadoramente, criando um cenário social profundamente degradante e lastimável. Nunca os sistemas de segurança geraram tanto lucro; enquanto isso, a cultura e a educação brasileira (bem como a de outros países) se pervertem a passos cada vez mais largos ao arrebanhar cada vez mais adeptos da desordem social de todos os dias.