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Penso que não pode ser exagerado ter a lucidez de espírito para se posicionar eticamente em beneplácito da justiça para uma melhor convivência em sociedade, na qual vai refletir na nossa melhor interação com o universo. E, ao mesmo tempo, é essencial tecer reflexões éticas e profundamente filosóficas sobre o nosso ser no mundo, ou ainda, sobre o que estamos fazendo de nossa morada chamada planeta terra (o sustentáculo de nossa existência) antes mesmo que sejamos apanhamos por acontecimentos desastrosos como estes que temos presenciado de forma assombrosa em nosso país: uma parte dele tão assolado pelos desequilíbrios ecológicos advindos de mãos humanas! Ora, já se deveria levar mais a sério que o ser humano, enquanto cuidador do cosmos (pelo menos assim deveria ser), tem a responsabilidade de zelar pela vida concedida como dádiva e jamais como um ser destruidor da natureza, dos seres que nela habita e de outros homens. O pensamento calculista e explorador que fundamenta muitas ciências de hoje é, infelizmente, a impossibilidade da própria vida: instrumentalizada por uma espécie cujo mérito é ser portadora da razão e da consciência em favor da criação da verdadeira comunhão humana em meio a imensidão e exuberância do cosmos. Embora o niilismo seja uma realidade cada vez mais assustadora em nossa sociedade, podemos falar sem medo de errar que, deveras, ainda existe um céu azul no horizonte que alimenta as esperanças humanas e um sol forte que ainda brilha para iluminar cada recanto da natureza. O pensamento humano nunca deveria estar a serviço da melhor maneira de explorar sistematicamente os recursos dos ecossistemas, mas justamente viver em prol de uma perspectiva que visa assegurar a beleza que ainda podemos contemplar em nossa breve existência, seja mediante a apreciação das cores da vida renasce a cada dia, seja mediante o nosso olhar para a luz de nossas relações com tudo o que nos circunda.