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O que vive em mim é impávido e forte
Mais do que a própria morte
Com seus espectros de desolação
E tudo o que remete ao caos, a destruição.
E mesmo nessa vida mortal de saudades
Contemplo o etéreo e as imensidades
Como um ser que almeja a luz do Eterno
E o sonho de um viver sempiterno.
O que em mim não perece
É a esperança que se renova e floresce
Em face do amor mais terno no coração.
Nos abismos da dor e nos vales do desespero
Vi que é invencível a fé: o meu glorioso luzeiro
Sobre as trevas da noite e sua amplidão.