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Poesias, ensaios e reflexões de  Alessandro

 

O segredo da existência humana reside não só em viver, mas também em saber para que se vive.   F. D.



Textos

HOSTES DA GUERRA

Hordas de homens sem esperança,

Quão cegos às ordens de matar!

Muitos caminham convictos à destruição

Trilhando uma sangrenta marcha de morte

Em prol de seu bem-maior.

 

Mas apenas alguns lucram com a guerra

Para que os cidadãos comuns

Sejam devorados por tantos bombardeios aéreos...

E o que dizer de um largo arsenal

De mísseis, explosões, nepalms, bombas atômicas

Em grandes quantidades

Apenas para gerar um caos acima de outro caos?

 

Enfim, tantas outras tecnologias bélicas

De última geração corroendo

Os solos firmes que sustentam o nosso ir e vir

E os céus azuis se tornando cada vez mais turvos

Entre inúmeros gritos, sirenes, correrias,

Desesperos, choros, alaridos.

 

Sacrifícios de nações quase inteiras

Com a força de todo o seu potencial aniquilador.

Tiranos erguendo altares ao deus da destruição

E homens já há muito tempo

Destituídos completamente do senso de solidariedade

Enquanto prestam cultos aos seus próprios egos inflamados.

Eis a religião do ódio e da guerra

Que divide, segrega, polariza...

Ah! Como são capazes de tudo arruinar!

 

Ninguém está a salvo de um conflito nuclear.

Ninguém está a salvo quando o culto do ódio é erguido

E o ressentimento se mune de forças para alvejar

Com arbitrariedade

A vida dos seus principais desafetos.

 

Nenhuma vida consegue sobreviver

Quando a ânsia de sangue

Faz o seu massivo derramamento

Para gerar riquezas e mais riquezas

No cofre de dinastias

Que fazem da morte de toda vida

Um lucrativo e vantajoso negócio.

 

Alguns minutos para o fim de tudo...

Indivíduos de antemão

Decidiram colocar tudo a perder,

Afastando definitivamente os armistícios

E os acordos promovidos

Pelos diplomatas da paz

Com a única pretensão

De plenejar o caos dos desastres no mundo.

 

Multidões de homens sem rostos de piedade

Já trazem a falência de toda esperança,

Embora munidos das peças infames

Usadas para um jogo que jamais cessa.

Treinados dia após dia para conduzir

A humanidade para o destino

De sua fatal e inevitável derrocada.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 21/06/2025
Alterado em 11/07/2025
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