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Poesias, ensaios e reflexões de  Alessandro

 

O segredo da existência humana reside não só em viver, mas também em saber para que se vive.   F. D.



Textos

EM BUSCA DO PARAÍSO PERDIDO

Uma jornada incrível de vivências, degustei;

Em estradas de sonhos inspiradores, percorri;

E ao evocar uma vastidão de memórias,

Saudades arrebatadoras eu senti!

E, então, descobri o fim, a evanescência

E o esgotamento de todas as coisas.

 

Mas, mesmo assim, nada foi em vão:

Encontrei nesses caminhos de mudanças

Belas jóias de alegria, de ternura e de amor

Quando estive ao lado da mais bela flor

Regada pelo orvalho da esperança.

 

Os caminhos que trilhamos

Estão confusos e cheios de sinuosidades.

Sem luz espiritual onde encontrarmos

A resposta para nossas inquietações?

 

Ao mergulhar nas águas da renovação

Para superar os constantes desfalecimentos,

Encontrei milagres, sinais e maravilhas

Que indicam as belas fontes de águas vivas.

São constelações de sabedoria

Que estão a espreita

De nossos incertos passos...

Tantas manifestações preludiando o despontar

De um perene paraiso para a alma se fortificar.

 

O mundo parece carecer de fundamento:

Nas metrópoles, fervilha a pressa e inquietude.

Todo esse caos que se inflama diariamente

Tenta nos convencer da vanidade do nosso viver...

Os dias, consumidos pela decadência,

São maus e hediondamente sombrios.

Pois o medo e a dor, o sofrimento e a agonia,

Intentam incessantemente devorar

O nascimento da esperança e o sonho de amar.

 

Ao embalo dos dissabores e das frustrações

E em meio a tantos escombros e ruínas,

As nossas lutas se tornam questões de honra e de valor,

Especialmente para quem ainda sente a coragem

Imperiosa de um herói incrivelmente fortificado

Ante a desoladora realidade do incurável.

 

Mas quem está disposto a fertilizar

A terra e os solos da alma,

Para que as sementes ali depositadas

Possam florescer um novo folego de vida?

 

Embora distante do paraíso mais glorioso,

Da pátria eternal da bem-aventurança,

Em lágrimas seguro o candeeiro da esperança

Na busca de um oásis, de um lar...

Para que minha alma possa, enfim, serenar!

 

E, apesar da distância que me separou

Do paraíso que um dia se perdeu de mim,

Quis divagar sem temor no reino

Das intuições e percepções mais marcantes;

Enquanto isso, tais revelações se tornavam

Significativas para o fortalecimento do meu ser.

 

Erguendo-me com asas feridas,

Num processo longo de fortalecimento,

Ensaio pequenos voos pelos ares,

Até que possa, sempre que preciso, alcançar

Esses ares puros das inspirações

Mais sublimes, verdadeiras e resplandecentes.

 

E no triste exilio da inocência perdida

Aspirei, ao paraíso da serenidade, um dia retornar.

Pois foram nas longas cerrações da vida

Que despertei o dom para, até nos confins, triunfar!

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 16/07/2025
Alterado em 16/07/2025
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