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![]() O MOVIMENTO ROMÂNTICO NAS ARTESA tendência romântica ou o romantismo no mundo da literatura e das demais manifestações do espírito evidenciou os grandes arroubos emocionais, os transbordamentos sentimentais e as idealizações na obra dos poetas e escritores, estabelecendo novos domínios que vão desde a filosofia até as artes, como romances, teatros, pinturas, músicas e os mais variados matizes de poemas. Sem o romantismo no mundo, jamais veríamos a subjetividade expressa pelo artista tal como a vemos hoje; jamais teríamos, portanto, a compreensão em profundidade dos sentimentos e paixões da alma tal como a encaramos em nossos dias através das aventuras romanescas, da lírica dos amores elevados e das confissões que trazem o que existe de mais abissal e recondito nos corações. O romantismo, que produziu um Byron, um Goethe (no seu conceito filosófico de impetuosidade e tempestade), um Vitor Hugo (criador de um estilo que vai do sublime ao grotesco), um Walter Scott, um Edgar Alan Poe e um Alexandre Dumas, não é só uma escola literária, mas um movimento ou uma estética; um estilo de vida ou simplesmente uma tendência que enfatiza outros aspectos do ser humano que não seja unicamente a fria razão iluminista. Do final do século XVIII ao longo do século XIX (e de alguma forma até os dias atuais), o romantismo ganhou inúmeras características, entre estas destacamos: o heroísmo do herói medieval, o pessimismo dos poetas do mal do século e a crítica social que se opõe contra as mazelas sociais através das obras Vitor Hugo e, aqui nas terras brasileiras, o poeta Castro Alves. A produção artística romântica coloca em cena um amálgama de percepções da vida impulsionados pelo desejo, pelo amor e pela força sentimental do eu lírico. É um tempo onde vemos a presença marcante do indivíduo e seu sofrimento, no qual passa a manifestar as suas insatisfações contra o meio e a sociedade em que vive. O resgate do herói para a contemporaneidade, a fuga da realidade através das idealizações, o amor elevado, o pessimismo, o spleen, a luta pela liberdade contra os ditames sociais, eis algumas entre tantas outras características desse período fecundo que influenciou não só a Europa, mas também toda a América. Afinal, foram nas Américas que se realizaram inúmeras experiências mediante a primavera dos portos sob o estandarte dos ideais de igueldade e iberdade na construção da identidade das nações. O herói romântico, esse ser destemido e que não se abate diante das intempéries da existência, foi essencial para a criação de tais identidades nacionais e culturais de um povo, recriando no imaginário coletivo novas configurações de coragem e ideais romanescos. Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 16/08/2025
Alterado em 17/08/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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